segunda-feira, 6 de julho de 2009

Meu nome e' Rebeca

Oi, meu nome é Rebeca.
Sou loira, baixinha e algumas pessoas me chamam de gorda. Isso não importa nesse momento. Na verdade nada importa. Por exemplo, poucas pessoas gostam de mim. Uma ou outra que você não vai conhecer. Não por não fazer parte de meu circulo de amizade, e não porque você não merece conhecê-los. É sério. Não adianta insistir, você não vai conhecê-los. Esses poucos colegas que frequentam minha casa são do tipo de gente que você não vai gostar. Meus vizinhos os chamam de drogados. Não são drogados, apenas não tomam banho todos os dias. O que você ou meus vizinhos tem a ver com isso? - Não precisa responder, eu leio sua mente. Você está achando que isso é mais uma de minhas invenções. Não, não. Isso não é fantasia ou coisa do tipo. Aliás, isso é mais real do que você imagina. Eu não imagino.
Ontem algumas pessoas, essas mesmos que insistem em me chamar de gorda, passaram pela porta de casa. Duas pessoas. Um garoto e uma garota. Não menos gorda do que eu. E veja só, não consegue correr nem dez minutos. Eu não sou gorda, você ou ela são.

(...)

Fui pegar um copo com dois dedos de vodka. Dois dedos e cinco pedras de gelo. É um gelo especial, fi-lo com suco de uva natural. Nunca tomou? - Experimente.
Nesse exato momento meu gato pulou da janela. Se não morreu, quebrou a pata. Não interessa. Agora só penso no que vou fazer para que você goste menos ainda de mim. Eu já disse, não me importo com você. Não insista. Não goste de mim e isso é tudo. Mais que tudo, nada. Todos representam nada. Para mim, nada.

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